Por Luíza Sertã
Foi com muito entusiasmo que os amigos Alice Matos de Pina, Felipe Freire Moulin, Fernando Cunha, Natália da Cunha Cidade, Tales de Paula Souza e Vitor Halfen Moreira se uniram para desenvolver o projeto proposto no concurso Memorial dos Estudantes Mortos e Desaparecidos na Ditadura Militar, promovida pela FAU, EBA e pelo Comitê Organizador do Plano Diretor. A animação foi fruto de uma certa liberdade do programa proposto, além da chegada das férias, o que significava tempo hábil para estudar e concretizar as várias idéias e conceitos que foram aparecendo.
Foi com muito entusiasmo que os amigos Alice Matos de Pina, Felipe Freire Moulin, Fernando Cunha, Natália da Cunha Cidade, Tales de Paula Souza e Vitor Halfen Moreira se uniram para desenvolver o projeto proposto no concurso Memorial dos Estudantes Mortos e Desaparecidos na Ditadura Militar, promovida pela FAU, EBA e pelo Comitê Organizador do Plano Diretor. A animação foi fruto de uma certa liberdade do programa proposto, além da chegada das férias, o que significava tempo hábil para estudar e concretizar as várias idéias e conceitos que foram aparecendo.
Para dar início ao trabalho de uma forma dinâmica, foi proposto entre o grupo que cada um dissesse rapidamente o que o tema lhe representava ou qual sensação trazia. E foi a partir dessas palavras que conseguiram formar um conceito a ser desenvolvido. Algumas palavras norteadas foram interrupção, morte, vida, silêncio e calabouço.
Foram longas discussões durante as férias e muito trabalho realizado, o que deu sustentação concreta à idéia inicial, além de uma importante colaboração da professora Beatriz Santos Oliveira que retocou as propostas. Tudo isso acompanhado de muita maquete, forma de visualização mais real.
O trabalho foi baseado em conceitos e sensações, e nesse aspecto não faria sentido apenas contemplar o memorial. Seria necessário integrar e envolver as pessoas de forma que elas também “sentissem” o espaço e tudo aquilo que era desejado que ele representasse.
A todo momento era necessário rever e repensar em tudo o que já havia sido desenvolvido para firmar as bases conceituais do projeto. E foi em um desses momentos que eles perceberam que estavam representando apenas o lado negativo que a ditadura militar trouxe.
Começaram, então, a desenvolver um conceito oposto ao anterior, que com a idéia de abismo (buraco), representava a morte, e passaram a pensar em elementos que se projetavam para o alto (“brotando” do chão) relacionados à vida. A partir daí, passaram a pensar em hastes verticais para representar os estudantes e com diversas discussões e reflexões a respeito dessa nova idéia elaboraram o projeto.
O passo final foi a elaboração das pranchas para a apresentação do projeto, de maneira que essas representassem, com clareza, o conceito por trás do projeto. Faltando três dias para a entrega, o grupo se reuniu e, em meio à festa de despedida (pois os integrantes do grupo Natália Cidade e Fernando Cunha viajariam para fazer intercâmbio respectivamente em Toulouse e Rennes e uma seqüência de noites viradas, conseguiram terminar o trabalho. Daí em diante era só esperar o resultado.
E apesar da sensação de trabalho bem feito, a espera pelo resultado gerou uma mistura de ansiedade e expectativa. Quando finalmente veio o resultado, foi só felicidade, e a certeza de que conseguiram passar exatamente o que haviam proposto.
A todo momento era necessário rever e repensar em tudo o que já havia sido desenvolvido para firmar as bases conceituais do projeto. E foi em um desses momentos que eles perceberam que estavam representando apenas o lado negativo que a ditadura militar trouxe.
Começaram, então, a desenvolver um conceito oposto ao anterior, que com a idéia de abismo (buraco), representava a morte, e passaram a pensar em elementos que se projetavam para o alto (“brotando” do chão) relacionados à vida. A partir daí, passaram a pensar em hastes verticais para representar os estudantes e com diversas discussões e reflexões a respeito dessa nova idéia elaboraram o projeto.
O passo final foi a elaboração das pranchas para a apresentação do projeto, de maneira que essas representassem, com clareza, o conceito por trás do projeto. Faltando três dias para a entrega, o grupo se reuniu e, em meio à festa de despedida (pois os integrantes do grupo Natália Cidade e Fernando Cunha viajariam para fazer intercâmbio respectivamente em Toulouse e Rennes e uma seqüência de noites viradas, conseguiram terminar o trabalho. Daí em diante era só esperar o resultado.
E apesar da sensação de trabalho bem feito, a espera pelo resultado gerou uma mistura de ansiedade e expectativa. Quando finalmente veio o resultado, foi só felicidade, e a certeza de que conseguiram passar exatamente o que haviam proposto.
Se eles vão fazer de novo? Com certeza!!! Se eles vão manter o grupo? Sim!!!
2 comentários:
Tem algo muito parecido em Inhotim, de autoria do artista Chris Burden
http://www.inhotim.org.br/arte/obra/view/355
O edital do concurso não levava em consideração a originalidade do projeto enviado ao concurso?
Caro Sr. Desdobramentos,
Nos poucos anos que tenho como aluno de arquitetura na FAU-UFRJ aprendi uma coisa importante que tem me guiado enormemente:
Arquitetura é a soma das muitas referências arquiteturais e cotidianas que adiquirimos. Assim, reinterpretamos e adaptamos às necessidades específicas de cada projeto.
De fato, a instalação de Chris Burden em Inhotim ( muito interessante ! ) foi umas das referências para o nosso projeto de memorial. Mas isso não me inquieta nem um pouco; Se considerarmos, por exemplo, que o nosso mestre da invenção espontânea, Le Corbusier foi beber na fonte de arquitetos e artistas de sua própria geração, como Victor Horta, Adolf Loos, Theo Van Doesburg. Ou então de seus antepassados, como Ledoux, toda arquitetura do oriente médio e até mesmo o gregos com seus templos !objetos contemplados em harmonia com a natureza.
Realmente, originalidade é importante, mas sem olhar pros lados vamos acabar arquitetos um pouco limitados.
Postar um comentário