Por Joana Conti
Três amigos de faculdade, cursando do 3o ao 5o período (mesmo se o histórico teima em apontar do 7o ao 8o), com pouco conhecimento em fotografia; sem câmera profissional, tripé ou qualquer outra aparelhagem. Em um e-mail que receberam da FAU-UFRJ viram o anúncio de um concurso de fotografia panorâmica sobre Arquitetura Moderna. Edital extenso, em inglês, 20 euros de inscrição. O prazo para realizá-lo seria curto, pois as inscrições começaram em outubro de 2009 e já era março, fim de férias, um mês antes da entrega.
Você toparia? Você incentivaria?
Talvez conhecendo o entusiasmo desse trio. Fábio Freitas, Jonas Abreu e Olivier Läuppi não só toparam o desafio, mas decidiram se inscrever para as duas categorias do concurso, fotografia panorâmica e foto-modelagem 3D (tiveram que abandonar a segunda por não terem tempo suficiente para dominar o programa).
Escolheram fotografar o Museu de Arte Moderna do Rio - MAM, desvendado com a ajuda ‘abre-alas’ da professora Maria Cristina Cabral e com o apoio do Curador do MAM Luiz Camillo Osório e do responsável pelas Operações e Eventos Cláudio Roberto. Também contaram com a ajuda do Victor Freitas, irmão do Fábio, que deu um grande suporte na confecção das imagens com sua aparelhagem. O material -câmera e tripé- foi emprestado pela professora da faculdade Beatriz Santos e, após algumas visitas e tentativas de estudo fizeram, em um feriado das aulas, um retiro intensivo que teve como resultado 16 belíssimos panoramas contendo - cada um deles!! – entre 36 a 100 fotos. Trabalho corrido, concorrido e apaixonado.
Porque o MAM?
Viram neste ícone da arquitetura moderna carioca a possibilidade de falar sobre a cidade. Vista, natureza, entorno - combinação afinada para a exploração de uma outra linguagem fotográfica. O concurso tinha como uma das patrocinadoras a Autodesk, que cedeu o programa Autodesk Stitcher e pequenos tutoriais. Decifrá-lo foi tarefa inicial dos três, que descobriram aos poucos as ‘manhas’ e mesmo assim ficaram com o gostinho de ‘poderia ter ficado melhor’ ao enviar o material.
O resultado? De 54 inscritos de diversas nacionalidades, ganharam não só um mas os DOIS prêmios da categoria em que concorreram: do próprio UIA (União Internacional dos Arquitetos), organizador do concurso; e do Docomomo (comitê internacional de documentação e conservação de edifícios, sítios e bairros do movimento moderno). Em linguagem prática: um bom prêmio em dinheiro, passagens para a premiação (que era para ser na abertura da bienal de Veneza, mas foi adiada) e, bem, a surpresa e todo o inesperado prestígio.
O resultado serviu apenas como motivador para futuras investigações. Deste concurso, pretendem levar a experiência para suas atividades de arquiteto, mas também trabalhar o material entregue ainda mais para criarem um formato que possa ser apresentado ao MAM e na Semana de Iniciação Científica da UFRJ. Enquanto isso, começam a pesquisar outros concursos à serem desvendados.
Precisa dizer mais?
Afinal, você incentivaria?
2 comentários:
O resultado do trabalho ficou lindo. O prêmio foi mais que merecido!
Parabéns Fábio, Jonas, Olivier e Cristina!
Que sirva também de combustível incentivador para outros colegas.
Parabéns pessoal, muito lindo mesmo! Orgulho dos colegas!
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