Por Vitor Halfen
Em 27 de fevereiro de 2010, um terremoto de 8.8 graus atingiu o Chile e provocou a morte de mais de 700 pessoas. Recém chegados à capital Santiago, os intercambistas brasileiros Diego Ramos, Lucas Ramos e Paula Cristina Silva sentiram na pele os efeitos e as grandes dificuldades enfrentadas por todas as vítimas do tremor. Nas mãos dos três esse rico arsenal de experiências se transformou, ao longo de quase um ano de atividades acadêmicas na Universidad de Chile, em um projeto de readequação dos espaços públicos para que ofereçam suporte à população durante catástrofes como a desse ano.
Segundo Diego, a idéia inicial do projeto nasceu da vivência coletiva na noite do terremoto na Plaza de La Constitución, no centro de Santiago, local para onde os habitantes convergiram em busca de informação, comunicação e contato com outras pessoas. “A gente passa a vida inteira buscando o nosso espaço, o nosso piso e quando acontece uma catástrofe o que a gente mais quer é estar em um espaço coletivo, em terra firme, pra compartilhar as nossas experiências e ver que não é só a gente que está passando por aquilo.”

Inicialmente desenvolvido em sala, o projeto ganhou apoio de professores e colegas, o que encorajou o trio a inscrevê-lo no concurso para estudantes lançado pelo Grupo CHC com o apoio do governo chileno, sob o tema “Repensando o espaço público e seu equipamento sanitário”. Espacio T foi premiado com o terceiro lugar no concurso e irá participar da XVII Bienal de Arquitetura do Chile.
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